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A área de Tecnologia da Informação (TI) sofreu algumas transformações ao longo dos anos e uma das principais está relacionada ao seu reposicionamento dentro das organizações. Enquanto, no passado, a TI era vista como área que desempenhava somente funções operacionais e de suporte, hoje em dia grande parte dos negócios a tem como aliada e parceira, ou seja, área estratégica para suportar as tomadas de decisão, melhorar a qualidade de produtos e serviços, conquistar novos mercados, crescer e se desenvolver tecnologicamente.

Uma visão mais ampla da TI, voltada para soluções e estratégias de negócio, vem sendo requisitada por diversas áreas dentro das organizações, que demandam postura proativa e dinâmica da TI, capaz de responder de forma rápida e preditiva às demandas do negócio. Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisas do Gartner Group®, reforça esta afirmação:

“Com o passar do tempo, a TI deixou de ser uma ferramenta de suporte para ser uma ferramenta de capacitação e criação de negócios. Sob essa perspectiva mais ampla e inclusiva, faz mais sentido falar sobre gastos relativos a TI em toda e qualquer iniciativa de negócio e seu respectivo orçamento. Desta forma, o CIO é desafiado a adotar um perfil mais relevante e se engajar ostensivamente em oportunidades para influenciar as decisões de TI nos orçamentos de negócio da empresa”.

Existem alguns passos para que a TI se torne uma área estratégica dentro das organizações e entre eles está o alinhamento entre o Planejamento Estratégico de TI (PETI) e o Planejamento Estratégico Corporativo (PEC). Esse alinhamento favorece uma ação proativa na identificação de oportunidades na área de TI, além de atuar como agente de mudança no direcionamento dos investimentos em TI, uma vez que as estratégias e prioridades do negócio são os drivers na definição desses investimentos, como mostra a figura abaixo:

 

Modelo de Ramirez e Sender sobre PETI

Fonte: Modelo de Ramirez e Sender (2003) sobre o PETI

Historicamente, conhecemos diversos casos de áreas de negócio adquirindo softwares de prateleira ou, pior, contratando soluções de software customizadas sem o conhecimento das áreas internas de TI. Nesses casos, a TI seria apenas acionada e tomaria conhecimento da existência dessas ferramentas quando as mesmas apresentassem um comportamento indesejado e/ou gerasse impacto negativo na operação do negócio. A pergunta-chave é: quem garante que os padrões de arquitetura e suporte são adequados à organização? O alinhamento entre TI e áreas usuárias das organizações se faz necessário que para que a tecnologia não seja implantada somente por ser nova, veloz ou por ser utilizada pelos “grandes players”, mas sim pelo valor agregado ao negócio, ou seja, os reais resultados positivos que a organização pode obter com a sua utilização.

O mundo corporativo exige um setor de TI com alta capacidade tecnológica, atualizado e preparado para atender as suas demandas, garantindo o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e realizando entregas de qualidade para o cliente. Como já acontece hoje em inúmeras empresas, o setor de TI deve ter profissionais qualificados tecnicamente e que conheçam fim a fim os processos de negócio  da organização. Assim, conseguem identificar os pontos de melhoria e atuar de forma proativa no que se fizer necessário, implementando a melhor solução e mitigando os possíveis riscos. A sua empresa está nesse caminho de evolução?

Grande parte dos processos de negócio das empresas possuem alguma dependência da TI e isso demonstra que a TI funciona como “engrenagem mestre” que move as organizações, impactando diretamente nos investimentos e, consequentemente, nas receitas. Portanto, constata-se a importância de transformar a TI em uma área parceira do negócio, ou seja, um braço para suportar as tomadas de decisões estratégicas e tornar a empresa mais competitiva no mercado. Nesse contexto, o reposicionamento da TI se torna um fator crítico para o desempenho e evolução das organizações no que chamamos de Era Digital, como mostra também o post “A TI está no DNA do seu negócio?”, publicado no Portal do Conhecimento.

Veja também:

[Blog] TI com papel fundamental no desempenho dos processos de negócio

[Vídeo] Planejamento Estratégico para a TI do futuro