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Ao gerenciar projetos, é essencial ter uma visão integrada de todas as frentes para que seja possível ter eficiência no controle das iniciativas e aumentar a capacidade de geração de valor para o negócio. Nesse contexto, o uso de indicadores pode contribuir de forma significativa para o aumento da maturidade do monitoramento e controle dos projetos.

Quando o assunto é gestão de portfólio e projetos, existem diversos indicadores disponíveis que podem ser utilizados. No entanto, é importante que as organizações os apliquem de forma estratégica e alinhada aos objetivos do negócio a partir de uma avaliação caso a caso.

Neste post, traremos uma visão prática e conceitual sob a ótica da análise de valor agregado e seus respectivos índices para avaliação de performance de projetos:

Gerenciamento de Valor Agregado: conceitos primordiais

O GVA utiliza um conjunto de medidas associadas ao escopo, prazo e custo para determinar o desempenho de um projeto. Os termos utilizados são retirados da tradução para o português do PMBOK 7 (2021).

Nesse contexto, a análise do valor agregado auxilia no entendimento da eficiência de um projeto por meio de avaliações quantitativas.

Na prática, costumamos utilizar cinco critérios para o gerenciamento do valor agregado. São eles:

  • Valor Planejado (VP): representa o orçamento autorizado, em termos de custos, designado ao trabalho programado.
  • Valor Agregado (VA): consiste no custo esperado das atividades realizadas e/ou entregues até ao momento da análise.
  • Custo Real (CR): representa o total de custo nos trabalhos realizados até o momento da análise.
  • Variação de Prazo (VPr): é uma medida de desempenho do cronograma expressa como a diferença entre valor agregado e valor planejado, informando a quantidade de adiantamento ou atraso do projeto.
  • Variação de Custo (VC): constitui a diferença entre valor agregado e custo real.

Índice de Desempenho de Prazo: como interpretar?

O IDP é uma das medidas utilizadas para gestão do valor agregado que, conforme o PMBOK 7 (2021), consegue traduzir o quão eficiente estão sendo as atividades planejadas do projeto.

Sendo assim, este índice demonstra a performance em termos de prazos uma vez que evidencia a razão entre o valor agregado e o valor planejado e, consequentemente, a perda ou economia de tempo do projeto. Sugerimos essa análise em conjunto com o critério de VPr.

Índice de Desempenho de Custo: foco no orçamento

Para uma perspectiva de custos, o IDC traduz o quão eficiente estão sendo as atividades do projeto sob o ponto de vista de orçamento.

Considerando a razão entre o valor agregado e o custo real, é possível avaliar a perda ou a economia do capital investido no projeto. É interessante a aplicação do critério de VC para corroborar com esta avaliação.

Por fim, os resultados obtidos por esses indicadores são entendidos da seguinte forma:

Índices

>1

=1

<1

IDP

Adiantado Conforme planejado Atrasado

IDC

Abaixo do previsto Conforme orçamento Acima do previsto

O IDP e ICP na prática:

Para elucidar a abordagem teórica acima, trazemos como exemplo um modelo aplicado em um dos nossos clientes com o objetivo de amadurecer o monitoramento, controle e os reportes executivos acerca do andamento dos projetos.

A partir do cálculo e acompanhamento do IDP e ICP, estabelecemos graus de tolerância e suas devidas interpretações:

Bridge & Co., 2022

Nesse caso, os índices IDP e ICP eram calculados e apresentados semanalmente para os principais stakeholders.

Assim, além de fornecer maior visibilidade, o acompanhamento dos índices auxiliou na manutenção do compromisso das equipes em perseguir melhores resultados e, consequentemente, gerar mais valor para as partes interessadas.

Conclusão

Na perspectiva da gestão do valor agregado, o IDP e ICP contribuem para manutenção do ritmo de trabalho visando assegurar principalmente que o prazo e o custo avancem conforme o planejado.

Além disso, geram mais agilidade nos ajustes de rota ao longo do projeto, diminuindo os impactos na entrega final.

Por fim, ressaltamos que as formas para monitoramento e controle de projetos são diversas e devem ser aderentes à realidade de cada organização, exigindo desde análises mais simples até as mais complexas.

Conheça a Bridge

A Bridge & Co. possui expertise na Gestão de Portfólio, Projetos e PMO e auxilia organizações com soluções customizadas que facilitam o atingimento de seus objetivos e expectativas. Deseja saber mais? Agende um horário com um de nossos especialistas.

Bruno Costa é analista na Bridge Operations. É pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV e certificado Green Belt Six Sigma. Atua na gestão de projetos de Infraestrutura e Operações de TI em empresas do setor privado.

Gabriel Lima é líder de projetos na Bridge & Co. É formado em Engenharia de Produção, com extensão em Empreendedorismo e Inovação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), além de ter certificações de Scrum Master, PMP, Lean IT e Green Belt Six Sigma. Atualmente lidera equipes em projetos de automação de processos utilizando RPA.