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A atual dinâmica de negócios exige decisões cada vez mais rápidas para responder aos problemas e oportunidades que surgem no dia a dia. Porém, para a grande maioria dos casos, o volume de dados a ser analisado é extenso e a ausência de dashboards, ferramentas e know-how para analisá-los prejudica a obtenção de respostas na velocidade que a organização demanda.

O problema não é a inexistência de dados e, sim, o acesso e manipulação dos dados. Na maioria das vezes, o tratamento dos dados requer queries, fórmulas intermináveis no Excel ou métodos ainda mais complexos. Tudo isso, acaba desestimulando o usuário a aderir às principais ferramentas de Business Intelligence (BI).

Um conceito relacionado ao cenário acima que vem sendo discutido e explorado recentemente é o Data Discovery. De acordo com João Tapadinhas, Diretor de Pesquisas do Gartner:

Data Discovery está preenchendo a lacuna entre BI e analytics avançado permitindo que usuários de negócios construam seus próprios insights”.

Data Discovery consiste em uma estrutura de BI que permite o acesso e exploração de dados a partir de múltiplas fontes, permitindo análises interativas. Em termos mais práticos, com ferramentas de Data Discovery você pode acessar todos os dados presentes nos seus mais diversos bancos de BI (podendo usá-los separadamente ou juntos) e ter a possibilidade de montar diretamente na ferramenta as suas análises, usando os gráficos, tabelas, mapas, entre outras visualizações gráficas que a sua ferramenta disponibilizar. Na figura abaixo, é possível ver um exemplo de dashboard de uma ferramenta de grande uso de mercado.

Dashboard na ferramenta Tableau

 

Figura 1: Dashboard na ferramenta Tableau.Fonte: www.fontesistemas.com.br

Segundo Gartner, Data Discovery se tornou uma arquitetura mainstream em 2012, fato que se confirma pela disposição do seu mais atual “Quadrante Mágico de Plataformas de BI e Analytics (Figura 2). Neste, players que possuem plataformas voltadas para Data Discovery, como Tableau e Qlik, estão posicionados como líderes de mercado. Também vale destacar a ausência da Oracle na ilustração, dado que a mesma possui foco no BI tradicional e está apenas iniciando uma nova solução de Data Discovery.

Gartner 2016 BI and Analytics Magic Quadrant

 

Figura 2: Gartner 2016 BI and Analytics Magic Quadrant

Com esse movimento do setor, os papéis e responsabilidades se alteram. Antes a área de BI era responsável por disponibilizar e estruturar dados, oferecendo dashboards e análises para que os analistas de negócio pudessem interpretá-los e planejar ações de acordo com cenário apresentado. Agora, porém, a área de BI passa a ter um papel ligado muito mais à disponibilização e governança dos dados, permitindo que os usuários de negócio construam seus próprios insights, em teoria melhor conectados com o negócio.

Entre os dois extremos, surge um novo papel, o do Citizen Data Scientist, definido como a pessoa que desenvolve modelos que alavancam análises preditivas e prescritivas, tendo, porém, a principal função fora do campo de análise e estatística, podendo atuar na área de negócios ou na área de BI/TI. A figura 3 ilustra como se posiciona o Citizen Data Scientist entre o analista de negócios e o cientista de dados tradicional. Este posicionamento o define como um profissional que possui visão de negócios, sendo capaz de entregar valor ao negócio com suas análises, e ao mesmo tempo deter o conhecimento de dados, sendo capaz de acessar e conectar dados na construção de suas análises.

Posicionamento do Cientista de Dados Cidadão

 

Figura 3: Posicionamento do Cientista de Dados Cidadão (Fonte: Gartner 2016)

Atualmente, a Bridge Consulting possui células dentro de empresas de grande porte responsáveis por conectar a TI ao negócio, acessando as informações provenientes de TI e gerando informações de valor para o negócio que embasam a tomada de decisão. Dentro dessa atuação, nossos consultores já estão participando de discussões acerca da necessidade de ferramentas de Data Discovery e do papel do Citizen Data Scientist. E a sua empresa? Sabe o valor dessas ferramentas para alterar a relação TI e Negócio?